Na imensidão das palavras

Perdida em devaneios minutos antes de viajar para o mundo dos sonhos (ou algo parecido com isso) eu pensei nas palavras.

Oras bolas... por qual motivo razão pensar em palavras?! Uma redatora que se preza “perde” momentos e mais momentos de sua vida pensando na palavra certa ou em um conjunto delas para formar uma frase adequada para certa ocasião.

Mas mais perdida ainda, lembrei “há aqueles que falam que um gesto vale mais que mil palavras.”

E agora?! Eu, uma apaixonada pelas palavras, consigo me expressar única, e quase exclusivamente, através delas. Faço uma folha em branco virar uma mistura de sujeitos e objetos ligados por uma preposição para formar uma oração. Parece loucura não? Posso até fazer um verbo variar, engrandecer com um “ão” ou diminuir com um “inho”, amenizar, fazer sons, quase cantar.

Será que perdi por não saber demonstrar com um desenho ou coisa do gênero? Tenho admiração aos que sabem, mas eu não sei.

O que eu consigo fazer (acredito conseguir na realidade) é escrever um ou mais parágrafos para expressar um sentimento, uma lembrança, uma opinião ou uma idéia.

Acho incrível quem consegue se expressar por um desenho, uma ilustração e até criar mundos e sonhos por meio de imagens. Queria saber desenhar, mas o máximo que consigo fazer são aqueles desenhos estilo de criança no primário.

Uma arte me impulsiona a escrever algo sobre aquilo em que minha cabeça viaja ao vê-la. Viajo nas cores, nas formas, nas combinações e no sentido que aquilo me parece ter. Mas isso são, para mim, inspirações que me levam a outro plano. Ao plano das poesias, dos contos, das crônicas, de um verso.

Perco-me em meio a hipérboles, eufemismos, onomatopéias ou metáforas. E acho que me expresso bem por elas.

Saudações aos artistas, mas parte de mim são palavras e linguagens. A outra parte... sei não. Talvez maluquice ou meninice.